Ao passo do verbo, que vem marchando. Apontando o fim do mundo. Para um mote que vêm puxando a imaginação pela toa, deixando a razão à esmo. Sobre versos , e sobre acordes que viajam nas costas do vento. Da menção dessas todas, reunidas na mesura desta távola que reunem as partes de um todo, montando fantasia de peças e fados, da pura ilusão e de contos de fadas. Reside um eu que se faz de mundo e que no fim das contas, implode. Uno em verso.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Sobretudo
Sobretudo
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Navego desfilando pela linha da memória,
Pelos passos que me cabem na ladeira do destino,
Dos meus olhos que se vestem num coturno, em desatinos.
Sobre um canto vagaroso de verdade em seus acordes.
Meio ao ponto que intercede minha alma em dois caminhos.
Sou um eu, do qual se perde na neblina dos asseios,
Era um qual, de temeroso que destoa em incertezas.
Contundente no tremer bem curtido, em meus sorrisos,
Tem um cais de torpe antro de balelas ancoradas.
Vive quieto um rebotalho de águas rasas que se turvam
No intuito de se darem ao parecer de mais profundas...
Vou-me ao trafego do vento que me leva pela proa,
Entre o verbo torneado junto ao fôlego do tempo,
Erro tolo que distante dos sentidos, faz fugido,
Junto às cores sobre a face que me traem derradeiros.
Pelo véu desconhecido dos meus sonhos, vaga um mote
Que perdido tem na arte o refúgio que me vinga.
Aos fantasmas que povoam minhas vozes,
Faz do instinto um inquilino que prospera como um rei,
Que instaura o seu castelo em meio ao mar e suas turbas,
Que debanda em meio à guerra dos meus tomos em veredas,
E faz do feudo um regrado, um solo infértil para risos,
Dominado em meio às sombras das idéias...
Sobretudo, têm-se um hemisfério de motivos,
Mas que toma em sê humano, um uno inverno...
Sobretudo.
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