Ao passo do verbo, que vem marchando. Apontando o fim do mundo. Para um mote que vêm puxando a imaginação pela toa, deixando a razão à esmo. Sobre versos , e sobre acordes que viajam nas costas do vento. Da menção dessas todas, reunidas na mesura desta távola que reunem as partes de um todo, montando fantasia de peças e fados, da pura ilusão e de contos de fadas. Reside um eu que se faz de mundo e que no fim das contas, implode. Uno em verso.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Dos Dizeres Natalinos.
Os fantasmas se disfarçam nos sorrisos,
Têm por obra construir-se em firmamento,
Vagam tortos pela estrada do meu dia,
E deságuam na vidraça dos asseios.
A mentira apraz na forma dos desejos,
E por vontade que se deixa em comando,
Vai varrendo, os sentidos, sua mágoa.
Vai restando, tão somente, seus instintos.
Além-Mundo
Sob o velcro do dia, os projéteis dissimulam em picadeiro,
Aos pensamentos que me tem em sabotagem,
Vazam espectros, de tormentas que distorcem sobre mundos.
Ao passante, tem por arte a pintura do passado,
Que distante, visa adentro das memórias e
Discorre ao próprio vândalo que intercede.
Implode ao real, por toda linha, as circunstâncias.
Entre a vontade que se move o cancro em atitudes,
E se estende em sol poente sobre os olhos.
Razões surgem surdas sobre as faces,
Por impulso que sussurra lentamente,
Arranhando pelo muro dos meus veios,
Vaga um mundo nas estradas, minhas veias.
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