quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Crítica ao Pudico Social


A influencia social, assim como toda uma gama de conceitos forma o posicionamento do indivíduo, congruente com sua perspectiva. Muitas vezes é possível definhar e dissecar com bisturi a justificativa de uma moral, pois, de tão permeável e flexível, se tornou de certa forma, volúvel. É fácil perceber de tal forma que todo e qualquer indivíduo das massas depende de uma muleta psicológica, assim como vícios, amigos e família. Evoca uma grande colheita de sentimentos, mas nunca evidencia uma natureza pura dessa personalidade.

Depender de certos fatores mostra o quão frágil se é. Assim como a postura desmedida em determinadas situações que levam a crer uma atitude totalmente impulsiva, regrada por um instinto instantâneo que cultiva todos os chavões e clichês de natureza social. A pessoa se torna totalmente insegura, se acomoda a um estado de frenesi alienado, com justificativas e argumentações puramente efusivas que inflamam sem nenhum ponto de apoio. Como se a vontade permeasse e conduzisse a razão pelas bordas.

Isso também se estende ao estilo de vida de uma pessoa, pela sua moda e seu círculo de amizades. O pudico é aquele que confia suas esperanças num senso comum, num modo de evasiva quanto à chapuletadas morais—Para se dispor acima do moralismo—, como se não precisassem, se maquilando e predispondo o caráter, ao falar que são mais fortes que o populismo. Criam miragem no deserto social, depois rogam a fé pra cima de talentos falsos, opiniões que bandeiam no calor do momento.

Porque depois de todos os retrocessos, ainda tem a maneira de se fluir acima dos fios que o impulsionam, sendo total exemplo de um ventríloquo, pois naquilo que realmente gosta, se transforma em toda e total importância, não importando os feitos ou investimentos, o mundo acaba se resumindo a uma casca de noz na qual o seu dono se prega de rei! Existem também os mais fracos, os tais credores, que se se encostam às suas amizades ou estilo, que são tão importantes que nem sequer viveria sem, por acomodação.

Um grupo de preferências, uma panelinha de meios interesses, como se pessoas se montassem sobre rótulos ou nas rodas desbalanceadas da automobilista e automação popular. É até engraçado ver o quanto se rebaixam pra fazer valer em meias vontades. Quanto a tanto da própria natureza a ser explorada. Mas se ofuscam sob os ícones ocos que idolatram, em meio à rede de verdades absolutas que impõem o certo ou o errado, como se o senso fosse à religião a ser seguida. Despem-se dos valores morais, do mínimo de orgulho e honra que um ser precisa pra ser respeitado.

Essa congregação de ‘ave-marias’ no círculo social cativam pela facilidade de seu plano, quando existem vários caminhos para o mesmo objetivo, enxergam aquilo que lhes é conveniente e que o resto se torna opaco. É a ingenuidade que se prostra cadente e é ofuscada pela geração visual, onde as fachadas pregam mais do que os conceitos. É o mundo liberal da qual sonhamos. É um meio de se refugiar do virtual, da realidade e das decisões. Anestesiar todo e qualquer vínculo social e psíquico, cadenciando os deveres à propensão de interesses. Esconder-se na utopia. Viver sobre a sombra da vida.