Ao passo do verbo, que vem marchando. Apontando o fim do mundo. Para um mote que vêm puxando a imaginação pela toa, deixando a razão à esmo. Sobre versos , e sobre acordes que viajam nas costas do vento. Da menção dessas todas, reunidas na mesura desta távola que reunem as partes de um todo, montando fantasia de peças e fados, da pura ilusão e de contos de fadas. Reside um eu que se faz de mundo e que no fim das contas, implode. Uno em verso.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Extra! Extra! Tecelão!
Com vida que se estende em corda por seus nós,
De linhas-palavras entrelaçadas por ponto e cruz,
Com verbo em agulha evocando a ação,
De driblas em meias-curvas, penetrando no corpo de vestes.
Dedilha em maestro um dedal,
Traja colete de versos brancos,
Economiza em estrofes pobres
Por não ter dinheiro do porte burguês.
—Dá bainha naquele impulso, Sinhá!
—Nossa! Cai como luva em seu inverno!
—Dá-lhe cinta! Segura o fecho mediano
Pra que não caia em samba, canção.
Acaba por fechar os botões (de rosa) da gola,
(H)À quem fica sufocado!
Em reservas por sua manga em punho,
Ao reger partitura nas meias, ou meios...
Guarda a máquina na cuca,
Desconfia das indústrias bélicas,
Lá pro meio das Avenidas,
Daquela de São Francisco à Los Angeles.
É empenho por comissão,
Crochê embotado e fora de moda,
Extra! Extra! Tecelão faliu!
Revolução Industrial!
Virou tecido sintético...
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